Espiritualidade x Religião

Muitas pessoas costumam confundir espiritualidade e religião, achando que os dois termos possuem significados iguais ou parecidos, quando, na verdade, são absolutamente distintos, assim como a prática de cada um deles.

Religião deriva da palavra “religare” que, em latim, significa religação. Ou seja, quando o homem peca, ele se afasta de Cristo. Mas, há a religião, a religação que traz novamente a ligação entre homem e Deus por meio de suas práticas e costumes. Portanto, religião é a crença em Deus e/ou em santos, sendo que a crença é expressa por meio de condutas, ações e rituais propostos por cada religião.

Espiritualidade, no entanto, está ligada ao lado espiritual, ou seja, a espiritualidade da nossa alma e como isso guia nossa vida cotidiana. É a crença de que existe algo além do corpo físico e dos bens materiais que é importante e merece atenção. É ser uma alma transparente, portanto, é fazer o bem, viver em paz, ter saúde e tranquilidade.

A religião nos faz seguir rituais, regras e condicionamentos para que sejamos um ser mais próximo de Deus e/ou de outras entidades e santos que acreditamos. Já a espiritualidade é o foco em algo maior do que em coisas banais do mundo físico; ela traz a meditação, tolerância, respeito e igualdade, e existe desde muito tempo antes do que qualquer religião.

Vale dizer que há como sentir-se um ser espiritualizado sem necessariamente ser adepto a alguma religião. Porém, a religião não existe sem espiritualidade. Afinal de contas, mesmo com todas as regras e conceitos, a religião baseia-se em religar o ser humano com algo maior, além de nossos olhos e sentidos físicos.

Há muitas outras diferenças entre os dois termos, principalmente na prática de cada um. A religião, como dito, possui regras e rituais, inclusive proibições. Já a espiritualidade é livre e nos permite agir da forma que o nosso eu interior sente que é correto. A religião aponta nossos erros e pecados, enquanto a espiritualidade permite refletir para achar o motivo de termos agido daquela forma.

Infelizmente, as religiões também têm sido causadoras de divisões e desentendimentos entre as pessoas. Porque, muitas vezes, segrega e traz aos seus crentes atos de repúdio aos que não a seguem. Por outro lado, a espiritualidade traz à tona amor ao próximo da forma mais simples e, por isso, gera atos de respeito e convivência verdadeira. Vale dizer que as religiões, como o próprio significado da palavra, deveriam ser uma forma de religar não só o ser com o espírito, mas também o ser com os outros seres.

Espiritualidade não é religião e nunca será. A religião também não é a própria espiritualidade, mas precisa dela para que consiga colocar em práticas princípios básicos como amar ao próximo, não segregar, ser tolerante e tantos outros. Um homem pode ser um ótimo religioso, mas se carece de espiritualidade lhe faltam sentimentos bons que sejam verdadeiros.

A espiritualidade também nos permite ser uma pessoa livre, que não precisa frequentar nenhum local ou seguir quaisquer regras; faz com que a gente entenda que ações boas geram energia positiva e outras ações positivas que, consequentemente, tornam o mundo um lugar cada vez melhor. Assim como nos faz entender que ações negativas geram outras ações ainda piores. Além disso, a espiritualidade nos mostra que colhemos o que plantamos, portanto, plantaremos coisas boas para colhermos bons frutos no futuro.

A religião nos faz entender que, se não frequentarmos com avidez as reuniões propostas e se não convivermos com pessoas que conversem a respeito da religião, não seremos religiosos o suficiente. Portanto, a religião torna as pessoas dependentes. Já a espiritualidade não pede para que se frequente determinados locais, ou esteja com determinadas pessoas para entender que os bons sentimentos estão dentro de nós.


Artigo escrito por Giovanna Frugis da Equipe Horóscopo Virtual.

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