Morrer de amor

Muita gente por aí já prometeu ao mundo se matar, caso o seu grande amor não desse certo. Promessas de morte que deixam o outro temeroso diante do que até pode acontecer. Mas, na maioria dos casos, isso não acontece. Pelo contrário, quem muito fala, é quem menos faz.

Ouvi, um dia desses, um ditado muito sábio: “O que não mata, fortalece”. Acredito que seja exatamente isso o que acontece quando chegamos à beira do abismo. Afinal, morrer de amor não faz mais parte da vingança atual. Há maneiras bem mais inteligentes e audazes de se enfrentar novos momentos, mesmo que não nos sejam agradáveis, nem saudáveis, nem absolutos.

Um caso de abandono às vésperas do casamento me chamou a atenção, porque a noiva, com tudo pronto, há exatamente quinze dias do casamento teve, à frente, o rompimento inesperado pelo seu noivo, alegando que ela havia humilhado seu pai, uma vez que perguntara, ao noivo, se o terno do pai dele já estava pronto e se ele já havia visto como ficara. Dá para entender esta justificativa e romper com tudo? Trágico! Ainda ter que devolver todos os presentes e dar explicações a todos: convidados e até inimigos!

Bem, ela não morreu. Sofreu? Sim. E muito. Mas, na semana seguinte, foi a uma balada, dançou, cantou e até conheceu gente nova. Assim fortalecida, após alguns meses, conheceu um cara bem diferente do anterior e se apaixonaram. Casaram e tem hoje três filhos.  

O importante, de fato, é enfrentar a realidade que se mostra diante de nós. Nada acontece por acaso. E, se cada um passa a seguir seu caminho, sem a presença do outro, é porque seu tempo de convívio, prescrito pelo Universo, acabou. E um novo tempo virá.      

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