A real importância do dinheiro

Dinheiro.

Quanto significados e interpretações não cabem dentro desta palavra tão avidamente repetida: dinheiro!

Sim. Tantas vezes se repete a frase de maneira quase hipócrita, que dinheiro não traz felicidade, mas ajuda bastante, que começamos a nos esquecer da real essência das coisas.

Afinal de contas, o que é o dinheiro? Por que damos tanta importância a sua posse? Por que nos corrompemos e matamos todos os dias usando-o como motivo principal?

É interessante pensar que o dinheiro é apenas um pedaço de papel colorido, como tantos outros que qualquer um pode produzir; que joias são simples pedras; moedas, metal extraído da terra e que não valem - e a maioria entra neste consenso - uma vida humana. 

Então, por que na prática isso não funciona?

De fato, o dinheiro em si nada vale, principalmente nos dias de hoje em que as oscilações das bolsas de valores e especulações sem fim fazem com que uma mesma moeda varie de valor ao mesmo tempo, dependendo somente da sua posição geográfica. Pode-se juntar um dinheiro em algum país da Europa, pegar um avião e doze horas depois ver a mágica acontecer: possuir mais do dobro do que se tinha horas atrás.

Em outras palavras, se algo pode variar tanto de valor, dentro da esfera do que consideramos tangível - já que dinheiro não é abstrato, é algo mensurável e palpável - não podemos dizer que toda a gama de importância que agregamos a ele, esteja realmente nele.

O dinheiro é apenas um meio. Obviamente que ele não compra a felicidade. Ser feliz é um ato de reforma íntima que exige muito de nós, em termos de doação e superação de tantos defeitos, como o orgulho e o egoísmo. O que o dinheiro compra são facilidades que nos fazem esquecer de realizar estas alterações internas, pois nos dá aquela sensação enganosa de segurança e conforto.

Ora, sabemos que é na dor e na privação que nos permitimos realizar grandes obras. Conhecemos bem a História: durante os tempos de privação, a Humanidade criou suas grandes invenções e encheu o mundo com arte. No conforto, a lei do esforço mínimo impera e a evolução demora a acontecer.

Não devemos, portanto, maldizer os céus porque não temos grandes somas de dinheiro. O essencial para a felicidade vem da nossa postura frente à vida, e essa confiança e serenidade perante a falta de recursos nos aproxima da prosperidade.

Pode-se afirmar então que uma pessoa, que vive sem apegos e para quem o dinheiro é apenas um meio prático de se conquistar as coisas e não o fim em si, saberá utilizar suas posses com muito mais sabedoria e alegria, sendo muito mais útil aos outros. Pois, como este ser humano basta por si mesmo, doar aquilo que tem de supérfluo, não o fará se sentir inseguro.

Da próxima vez que pegar uma nota de dinheiro, ou uma moeda, não a olhe com a avidez, não deseje ter inúmeras delas, deseje sim um ambiente feliz, uma vida saudável, trabalho para todos. Concentre-se naquilo que é essencial e os recursos materiais virão até você abundantemente!

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