O budismo e a não religiosidade

Não se interessar por religião é bem diferente de não se interessar pelas questões relacionadas à vida e ao ser humano. Por isso muitas pessoas têm procurado respostas e uma conexão com algo maior, mas fugindo das religiões. Por outro lado, há uma religião que parece fugir do padrão, que incentiva essa conexão, essa reflexão sobre a vida e sobre si mesmo, mas sem se ligar a um Deus todo poderoso. Estamos falando do Budismo.

A palavra religião, no sentido original da palavra em latim “religare”, tem o significado de se religar a algo maior. Porém, como foram caminhando as religiões, hoje muitas delas parecem que se esqueceram dessa proposta.

Algumas religiões não te permitem se religar a algo maior sem ter um intermediário, na figura de um líder como um padre ou pastor e parecem se importar mais em cultuar esses líderes e os Deuses, do que fazer as pessoas se lembrarem da bondade que existe nelas e no mundo. E por isso podemos dizer que o Budismo caminha no sentido de uma não religiosidade, no sentido de religião como conhecemos hoje. E por quê?

Primeiro, o Budismo não cultua um Deus. O Budismo te incentiva a estudar e a refletir os ensinamentos de Buda. Mas a diferença é que Buda era humano como todos nós. Ele não é considerado uma divindade que está acima de nós. Mas é considerado como um homem que nos mostra que todos nós podemos seguir o caminho da iluminação, sendo humanos.

Além disso, a essência do Budismo está na meditação, um momento em que você está em estado de contemplação e em conexão consigo mesmo e com o presente. Diferente de outras religiões, você não precisa ir a um templo para meditar, você pode meditar onde quiser e no momento que se sentir bem para isso. Mais um ponto para a “não religiosidade” do Budismo!

Também devemos citar sobre a importância do despertar da consciência para o Budismo. Em vez de seguir ordens de um livro ou de um líder religioso, você precisa despertar a sua própria mente e a partir disso se tornar alguém melhor por si mesmo. Não adianta colocar nada na conta de uma divindade superior que está acima de você. Aqui a responsabilidade é sua e sua evolução depende de você e de seus hábitos.

Por esses e por outros motivos o Budismo é até questionado se é uma religião ou se está mais próximo de uma filosofia de vida. Muitos o consideram como uma religião não institucionalizada, o que abre caminho para diversas vertentes de Budismo se proliferarem e se adequarem de acordo com o meio em que estão.

O que importa nisso tudo é saber que existe uma religião (ou filosofia de vida, como você preferir chamar) que foge dos padrões e pode abrir caminho para respostas que vão além do dogmatismo das religiões institucionalizadas.

Se você não gosta de religiões, mas é alguém que quer respostas que vão além da vida ordinária, que tal estudar um pouco sobre o Budismo? 


Artigo escrito por Ricardo Sturk da Equipe Horóscopo Virtual.

Confira também: