Lilith na Casa 11: insubmissão e dificuldade com os compromissos

Lilith é um ponto do Mapa Astral que representa aspectos desafiadores e obscuros da personalidade de um indivíduo. Quando se associa a planetas, signos e casas, revela repressões e desajustes nas áreas que cada um deles rege. Elaboramos uma coletânea para falar das energias dela sobre as casas – aqui, especificamente, Lilith na Casa 11.

Direto ao ponto 

A décima primeira casa rege a coletividade, o pensamento plural. Dessa forma, Lilith aqui mexe com o nosso impulso em partilhar e retribuir, trazendo rompimentos nas relações e outros desafios importantes.

Aqui você vai descobrir por que é essencial entender uma associação como essa, que tem Lilith ditando as energias. Vai saber também qual é o papel da Lilith no Mapa, conhecer os principais temas da décima primeira casa e aprender a tirar o melhor desse posicionamento. Não perca nenhum detalhe!

Lilith no Mapa Astral

A Lilith é um ponto virtual – ou seja, não é feita de matéria, como os planetas, por exemplo – calculado com base na órbita lunar. É conhecida como o lado oculto da Lua. Todo mundo tem esse ponto no Mapa, já que as sombras fazem parte da vida de todos nós.

Representa tudo aquilo que queremos deixar escondido, estando ligada a aspectos extremamente desfavoráveis de nossa personalidade. É Lilith que governa nossa rebeldia, compulsões, comportamentos autodestrutivos e inclinação a autossabotagem. Mas também nos permite trilhar um caminho de transformação e liberdade.

Saiba mais sobre Lilith no Mapa Astral

Por vezes, a Astrologia menciona a existência duas posições para Lilith: a Lua Negra (ou Lilith Média), associada às repressões, tabus e áreas mal (ou não) resolvidas; e a Lilith Verdadeira (ou Lilith do Apogeu), que simboliza a sexualidade e poder femininos e a quebra de paradigmas.

Alguns estudiosos ainda aludem a uma terceira, a Lilith Escura, que intensifica todas as energias que representa. No entanto, aqui vamos nos ater aos aspectos das duas (ou três) posições juntas, referindo somente uma Lilith, para simplificar a compreensão.

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A seguir, você vai conhecer os temas da Casa 11, para saber exatamente em que áreas as energias lilithianas interferem e como lidar com isso de forma assertiva e inteligente.

A Casa 11 na Astrologia

Bonequinhos representando pessoas ao redor de Globo. Conceito de convivência em sociedade.

Essa é uma das quatro casas sucedentes – que representam nosso desenvolvimento pessoal. Seu foco está na coletividade, cujo poder é liberado por meio das atividades que cada um de nós desempenha na unidade social.

Aqui estão nossos amigos, filhos adotivos e o grande público. Também fala dos objetivos de longo prazo, ideais humanitários, sonhos, aspirações e compartilhamento de ideias.

Mostra como agimos em sociedade e como adequamos nossos interesses aos do coletivo. A função dela é pensar no plural, despindo-nos do ego e nos direcionando à construção de um mundo mais digno.

É onde lidamos com objetivos sociais, aprendemos a respeitar e acolher as diferenças (buscando um ponto em comum). É o lar da militância política, social e ambiental, do trabalho voluntário.

Também representa o que queremos para as futuras gerações, evocando nosso zelo pela saúde do tecido social (tudo aquilo que é formado pelas interações entre todos nós, retratando o modo como nos relacionamos, nos ajudamos e nos ajustamos uns aos outros).

É aqui que sabemos se somos sociáveis ou não, se nos doamos a causas sociais, qual é o nosso grau de autoritarismo e de tendência a animosidades, se nos sentimos confortáveis em meio a multidões, como lidamos com as adversidades, e por aí vai.

O que significa Lilith na Casa 11?

Lilith na Casa 11 traz uma energia de insubmissão e, por vezes, certa dificuldade de compartilhar e aceitar os outros, além do desejo de fazer a própria vontade prevalecer sobre o coletivo.

Também costuma alguém que tem uma certa resistência em “calçar as sandálias da humildade”, o que traz problemas de relacionamento (com os outros e consigo mesma), já que essa é a casa da fraternidade humana, do plural acima do individual.

Se não buscar equilíbrio, tende a reagir de forma destrutiva aos padrões sociais e às dinâmicas de competitividade. Por essa razão, ela pode ter dificuldade para encontrar o próprio lugar em um grupo ou, quando está incluída em um, costuma ser pouco (ou não) compreendida.

Nessa incompreensão, incluem-se experiências de exclusão social. Por exemplo, julgamentos, discriminações, afirmações negativas sobre a forma como ela se comporta e age. Isso pode fazer com que ela se recolha e se afaste.

Informe-se sobre Lilith nas casas astrológicas

Pode haver uma repressão no desejo de fazer amigos e participar da coletividade, bem como uma insubordinação às regras sociais – sobretudo aquelas que refletem uma cultura patriarcal, muito pelo choque de ideias, já que essa pessoa vai na contramão de tudo que é “padrãozinho”.

Nos relacionamentos, sente-se atraída por parceiros livres, socialmente ativos e que pensam fora da caixa. Gosta de liberdade, de poder voar e pousar de volta, contando com a compreensão da pessoa amada – caso contrário, a atração, a libido e a capacidade de seduzir simplesmente morrem.

Mas também pode cair na armadilha do seu “dedo podre” e se envolver com quem pode feri-la. Ou mesmo vir a se relacionar com vários indivíduos do mesmo grupo de amizades, o que pode gerar conflitos entre eles.

Quais são os desafios desse posicionamento?

Com Lilith na Casa 11, uma das lições é aprender a compartilhar, entender e aceitar o outro. Baixar um pouquinho a bola, e ser mais humilde, também é um ponto de evolução.

Não precisa mudar o jeito de ser para caber – até porque Lilith luta justamente contra isso. Mas é preciso entender que aqui não se trata de si, mas dos outros, da forma como alguém se concatena no todo. Podemos ser nós mesmos, já que cada peça nesse quebra-cabeça social tem o próprio formato, mas é preciso ter jogo de cintura.

Deve buscar uma troca saudável com os outros: encontrar amigos que dividam os mesmos ideais e convicções; manter aqueles que, mesmo pensando diferente, respeitam seu ponto de vista; por outro lado, respeitar e valorizar os posicionamentos opostos. O que enriquece é conviver com diferenças, em vez de se isolar em bolhas.

No que se refere a relacionamentos afetivos, essa pessoa precisa encontrar alguém que não interfira em sua liberdade nem lhe imponha os próprios desejos, e muito menos critique suas amizades ou obste seu convívio social. Lilith não se sujeita a nenhuma relação abusiva, mas precisa se policiar para não se tornar a parte tóxica nessa troca.

Silhueta de casal discutindo.

Quanto ao envolvimento com vários amantes do mesmo grupo de amigos, a dica aqui é ter responsabilidade afetiva, jogar limpo e deixar tudo sempre claro desde o princípio, para que, lá na frente, não surjam desentendimentos, decepções e mágoas capazes de extinguir amizades.

Lilith vem para trazer contestação e chacoalhar, nos chama a regenerar a dignidade ferida, restaurar forças e nos libertar dos padrões e tabus. Mas não podemos fazer isso indiscriminadamente. Isso porque vale a máxima de que a nossa liberdade termina quando a do outro começa. Tratando-se de Casa 11, isso não poderia estar mais certo.

É mais que válido rechaçar as dinâmicas de competição, mas de forma construtiva, transmutando as mágoas e traumas em assertividade, potencialidades e capacidade de transformação real. Assim, é possível sentir prazer em compartilhar a vida com os outros.

Entenda como funciona a Casa 11 no quesito relações

Infelizmente o lado edificante da Lilith é pouco explorado, isso porque ela desvela o nosso pior e ensina por meio da dor. Nossa hipocrisia só quer mostrar nosso lado bonitinho, aquele que adoramos exibir nas redes sociais. Mas, em equilíbrio, o forte desejo de liberdade que pulsa em Lilith, quando associado à Casa 11, permite que a pessoa com esse posicionamento tenha um grande impulso por defender causas sociais e se engaje em mudar o mundo de forma positiva, contribuindo significativamente para o bem-estar coletivo.

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